sexta-feira, 14 de novembro de 2008

PET - um caso ilustrativo

Acompanhei um caso muito interessante.
Uma mulher que notou aparecimento de gânglios na axila há cerca de 6 meses. Na biópsia veio o diagnóstico de Linfoma Linfocítico, tipo LLC. No estadiamento ela tinha doença abdominal. Optou-se na época por observação apenas.
Seis meses depois ela notou crescimento da doença axilar e na TC houve aumento da massa abdominal. Devido a idade da paciente, cerca de 70 anos, e de valores normais de LDH, optou-se por iniciar clorambucil. Em seguida, ela veio ao Memorial para uma segunda opinião.
O detalhe que mais chamou a atenção do pessoal por aqui foi a rapidez do crescimento da doença nos seis meses que separaram as duas avaliações. Levantou-se a possibilidade de um transformação em um linfoma agressivo e a paciente fez um PET-TC para orientação do local da biópsia.
Resultado:
Captação difusa nas massas axilar e abdominal com valores de SUV de 7 (normal é de cerca de 3-4 no fígado, por exemplo), habitualmente encontrados em linfomas indolentes, mas no meio da massa abdominal uma área de SUV de 15.5 cujo valor preditivo positivo para um linfoma agressivo é próximo de 100%.
Devido a dificuldade de acessar a região optou-se po rum tratamento bem mais agressivo, no caso R-CHOP.
Esta é mais uma demonstração do benefício que o uso inteligente do PET pode trazer.

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