Prezados,
ultimamente fomos bombardeados pela grande notícia do surgimento de uma "nova esperança para o tratamento das leucemias".
No último Fantástico, por exemplo, a notícia apareceu.
Como sou meio São Tomé fui verificar o que foi publicado na Nature Medicine.
Os autores são ótimos pois pertencem ao maior centro de transplante de medula do mundo, que é o Fred Hutchinson Cancer Center em Seattle.
Aí vai o trabalho:
Qual é o problema atual?
O sangue do cordão umbilical é uma ótima fonte de células para transplante, entretanto, a quantidade de sangue coletado é muito pequena, cerca de 10 vezes menor do que a de uma medula coletada de um adulto. Os problemas que surgem desta discrepância são vários, mas o artigo destaca a maior demora na recuperação da defesa contra infecções o que ocasiona um maior risco de morte.
Uma forma de amenizar isto é aumentar o número de cordões por transplante para dois. Na prática, o número de células continua muito menor.
Qual o objetivo do estudo?
Tentar aumentar a quantidade de células no laboratório para possibilitar a diminuição do período de imunidade baixa.
Como foi feito?
Em resumo, eles estimularam a multiplicação das células utilizando uma substância denominada NOTCH.
Quais foram os resultados?
Os pesquisadores conseguiram multiplicar as células e o resultado foi testado em cerca de 10 pacientes com sucesso.
Limitações do estudo:
A técnica ainda não está disponível comercialmente e foi testada em um número muito pequeno de pacientes de um hospital de ponta. Será que é possível repeti-la por aqui?
Conclusão:
Esta técnica permitirá um maior número de transplantes.
Novos medicamentos precisam ser desenvolvidos para curar os pacientes sem a necessidade deste procedimento.
No Brasil, o transplante de cordão ainda é incipiente. Temos muito o que melhorar.
Um forte abraço.
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