sexta-feira, 1 de maio de 2009

Linfoma de pulmão (BALT) e dispnéia

Linfoma de pulmão é um grande desafio.

O linfoma primário do pulmão, em geral, é um linfoma bastante indolente, de muito lento crescimento que costuma ser diagnosticado por biópsia. Não raro, o cirurgião faz uma cirurgia extensa na suspeita de câncer de pulmão.

Como resultado, o paciente costuma ter pouquíssimos sintomas, muitas vezes nem precisa de tratamento, mas apresenta uma tomografia de tórax bastante anormal por um misto de cicatrização pós-operatória e linfoma residual.

Assim, uma conduta interessante é guiar o tratamento pela alteração na capacidade de difusão de CO obtida em uma prova de função pulmonar.

Ontem, acompanhei um caso emblemático: uma paciente que tem linfoma de pulmão há vários anos, nunca precisou tratamento e apresentou recentemente dispnéia progressiva sem grandes alterações nos exames de imagem ou na prova de função pulmonar anterior.

Quem optasse por tratar o linfoma erraria completamente. A mulher foi avaliada para doença cardíaca, recebeu o diagnóstico de doença coronariana e recebeu alguns stents para manter suas coronárias abertas.

O melhor de tudo, é que os sintomas desapareceram.

Porttanto, é bom nunca esquecermos que o paciente não é um linfoma ambulante, mas sim um indivíduo com possibilidade de apresentar problemas comuns a pacientes que não tem linfoma.

Um comentário:

léa disse...

tive linfoma no pescoço e no estomago, mais vivo com medo tive água na pleura e não tratei. foi nessa época de carnaval e voltei a sentir tudo como antes. o linfoma não tem cura?