sexta-feira, 17 de abril de 2009

WHO 2008 nova classificação dos linfomas- parte 2- Linfoma de grandes células B rico em histiócitos e células T

Desculpem a demora.
Vamos voltar à nossa série sobre a nova classificação da Organização Mundial de Saúde.
Ela interessa aos onco-hematologistas, patologistas e também aos pacientes.

Lembram do linfoma de grandes células B rico em T?

Podem esquecer.

O nome agora é mais pomposo:

Linfoma de grandes células B rico em histiócitos e linfócitos T.

Ele afeta pessoas de meia idade mas não é raro em jovens.

Frequentemente o acometimento é disseminado com medula óssea, fígado ou baço acometidos.

A doença costuma responder mal aos tratamentos atuais.

Na patologia, só destaco o fato dos linfócitos B neoplásicos não formarem grupamentos mas sim estarem espalhados no meio de um infiltrado em que predominam histiócitos e células T.

Por vezes estas células podem assemelhar-se a células de Reed-Sternberg.

A imuno-histoquímica é obrigatória: o CD30 e CD15 tem que ser negativos, excluindo Linfoma de Hodgkin. O CD68 é positivo nos histiócitos e o CD3 é positivo nos linfócitos T, que são atípicos em geral.

Como já escrevi, estes pacientes não costumam responder bem ao tratamento-padrão. Talvez, esquemas mais intensos possam ser melhor sucedidos mas isto é apenas especulativo.

Abraço a todos e aguardem o próximo capítulo, Linfoma de grandes células primário do SNC.

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