domingo, 24 de julho de 2011

Imunohistoquímica em linfomas

Prezados,

Muitos já tiveram a experiência de receber uma ligação do laboratório onde a biópsia está sendo processada, para requerer autorização para mais exames.

Mais exames, é um sinônimo para imunohistoquímica (ou imuno-histoquímica ou imunoistoquímica ). O que vem a ser estes exames e como podem ajudar no diagnóstico?

A técnica de imunohistoquímica consiste em utilizar um marcador, que costuma ser um anticorpo, contra algumas estruturas das células da biópsia.

Por exemplo,

existem situações em que o patologista é incapaz de diferenciar uma metástase de um linfoma. Nestes casos, ele pode aplicar um anticorpo "anti-queratina" que, se for positivo na célula, é diagnóstico de uma metástase. Ao contrário, ele pode usar um anticorpo conhecido com "LCA", o qual é positivo na grande maioria dos linfomas.

Em outra situação, o médico deseja tratar o paciente com um medicamento anti-CD20, conhecido como rituximabe (Mabthera). Neste caso, o patologista deve demonstrar a presença do CD20 no linfoma, com a utilização de uma imuno-histoquímica.

Finalmente, existem outros marcadores que podem ter valor prognóstico tais como o Bcl-2, CD10, Ki-67.

Outro marcador muito importante é a ciclina D1, a qual deve ser testada em todos os casos de linfoma difusos de células pequenas ou médias. Quando positivo, é diagnóstico de linfoma da célula do manto.

Um abraço,

4 comentários:

Carlos Silva disse...

Boa tarde, Rony! Já fiz duas biópsias de medula e nas duas vezes houve esta pergunta do laboratório. Cheguei a pensar que eles deveriam fazer a tal himunohistoquímica direto...

Anônimo disse...

Boa tarde, Dr. Rony! após apenas três sessões de rituximabe com bendamustina, em estudo patrocinado pelo laboratório americano, já tenho meu linfoma reduzido pela metade, com a biópsia de medula sem apresentar infiltração. Uma lástima que esta opção não esteja disponível para todos no Brasil!

Rony Schaffel disse...

Parabéns. Faço minha as suas palavras. Quando teremos a bendamustina?

Anônimo disse...

Infelizmente, este é um estudo mundial, patrocinado pelo laboratório Cephalon para conseguir colocar a Bendamustina como tratamento primário em linfomas, nos EUA. Não há notícias de que irão trazer para cá.