sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Últimas notícias sobre linfoma

Estas foram as notícias sobre linfoma garimpadas na internet:

27/01 Presidente do Paraguai terminou o tratamento do seu linfoma.

O presidente do Paraguai tratou um linfoma folicular com seis ciclos de quimioterapia (eu aposto que foi R-CHOP). Felizmente, está em remissão completa. Não posso dar maiores palpites porque não sei o grau do linfoma folicular (a cura é maior no linfoma folicular IIIb).

02/02 FDA aprova o uso do rituximabe como manutenção em linfoma folicular após o tratamento inicial.

Bem, isto já era esperado após os resultados do estudo PRIMA publicados no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia do ano passado. Em resumo, sabíamos que o uso de rituxumabe após o término da quimioterapia prolonga a sobrevida livre de doença e a sobrevida global nos casos de linfomas foliculares em recaída após um primeiro tratamento.
No estudo PRIMA, foi mostrado que esta estratégia pode ser eficaz também durante o tratamento inicial, no entanto, não houve demonstração de melhora na sobrevida dos pacientes mas apenas houve aumento do tempo para recaída da doença.
Enquanto isto, no Brasil.....

28/ 01 implante de silicone nos seios poderiam estar relacionados com um tipo raro de linfoma.

Os americanos encontraram 60 casos de linfoma anaplásico no tecido cicatrizado da cirurgia de colocação do implante. A retirada do implante levou à remissão de alguns casos o que realmente implicaria a prótese na doença. Entretanto, deve ser ressaltado que é uma frequência muito pequena em relação ao número de mulheres com prótese de silicone. Nenhuma ação ainda está recomendada enquanto novos estudos não forem reportados. De qualquer modo, uma lesão na cicatriz cirúrgica deverá ser sempre pesquisada.

Um abraço a todos,

Rony

5 comentários:

Carlos Silva disse...

Fiquei com uma pequena dúvida sobre o assunto. No linfoma folicular, após o tratamento com quimioterapia, é aconselhável seguir com o rituximabe durante quanto tempo e com que intervalos? Se ele ajuda a ampliar o tempo de retorno da doença, por que não continuar com o rituximabe indefinidamente em intervalos longos?

Sabe-se algo sobre a cura deste tipo de linfoma ou apenas empurramos a doença para mais adiante?

Rony Schaffel disse...

Existem vários esquemas de manutenção com rituximabe como por exemplo 1 dose a cada 3 meses ou 4 doses a cada 6 meses. Todos eles têm uma duração de 2 anos. O uso prolongado do rituximabe aumenta o risco de infecções. Existe um estudo no qual compara-se o uso indefinido do rituximabe. Os resultados ainda não foram divulgados.

Carlos Silva disse...

Boa noite, Dr. Rony! Já estou na quinta sessão com Rituximabe e não tive nenhuma infecção. A única reação é um constante enjoo, embora leve. Não perdi peso, sequer fiquei gripado durante este tempo, embora more em uma região extremamente húmida. Meus leucócitos estão baixos, mas nada de assustar. Tomei vacinas contra hepatite, pneumonia, gripes e mais uma que não lembro, por recomendação do hematologista.

Carlos Silva disse...

Por estes dias, com a doença do Gianechini, a Globo chegou a comentar em seu jornal da noite, que o SUS não paga o rituximabe, apesar de suas vantagens no tratamento. Pode ser o início de um movimento para conseguir que os usuários do SUS tenham este tratamento também. Afinal, o trabalhador paga para ter sua saúde tratada pelo Estado e merece ter o tratamento adequado, sem que precise recorrer à justiça!

Rony Schaffel disse...

Tomara. Principalmente, os pacientes com linfomas foliculares, leucemia linfocítica crônica, linfomas recaídos e HIV positivos.