Recentemente, solicitaram comentários sobre o linfoma da célula do manto.
Trata-se de um tipo de linfoma não-Hodgkin B, que representa aproximadamente 7% dos casos (muito menos do que o linfoma B de grandes células e o linfoma folicular mas na disputa pelo terceiro posto com o linfoma de pequenos linfócitos, o linfoma de zona marginal e o linfoma de Hodgkin).
Ele foi reconhecido como um subtipo distinto de linfoma apenas em meados dos anos 90, quando um teste diagnóstico ficou disponível. Este teste é a marcação de uma proteína chamada CICLINA D1 nas células malignas.
Estas células ocupam uma região do folículo germinativo conhecida como zona do manto. O folículo germinativo é uma região dos gânglios onde concentram-se os lifócitos B.
Na maioria dos casos, o linfoma apresenta-se em estádio avançado, acometendo até mesmo a medula óssea.
O linfoma da célula do manto é considerado um linfoma agressivo.
O tratamento é motivo de debate devido ao pequeno número de casos para estudo. No entanto, existem pelo menos três publicações recentes em que é sugerido que um subgrupo de pacientes pode ficar curado da doença com um tratamento de forte intensidade (um dos artigos tem como primeiro autor este que vos escreve- confiram no google com as palavras "schaffel" e "annals of oncology").
O tratamento de forte intensidade a que me referi inclui uma quimioterapia inicial e um transplante autólogo de medula óssea como consolidação.
Pacientes que não podem ser submetidos ao transplante, podem ser tratados de forma mais conservadora, procurando-se o controle da doença. Em muitos casos, este objetivo é conseguido por vários anos.
Um abraço a todos.
sábado, 12 de março de 2011
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